segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Passaram Mais de 10 Anos e o Censo Demográfico Está de Volta

Saiba o que é o Censo Demográfico, para que serve, as novidades para esse Censo e os desafios do recenseador.




O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou, no último 1° de agosto, o Censo Demográfico 2010, que tem como intuito, além de contar o número de habitantes nos municípios brasileiros, obter informações como número de homens, mulheres, crianças, idosos e condições de sua sobrevivência. Para o censo, foram contratados mais de 200 mil recenseadores que vão às residências para coletar essas informações.

O Censo Demográfico acontece de dez em dez anos e a estimativa populacional brasileira para esse ano é de 190 milhões de habitantes, sendo que o primeiro Censo, realizado em 1872, a estimativa era de 10 milhões. Já para o município de Frutal, foram contratados cerca de 60 recenseadores através de Concurso Público, realizado pelo IBGE. Eles tiveram um treinamento de 40 horas com seus supervisores. A média de idade das pessoas contratadas no município é de 19 a 25 anos. Tamires Causin, agente censitária supervisora, afirma que é esperado o número de 55 mil habitantes para a cidade de Frutal.

Uma novidade neste Censo 2010, é o uso do computador de mão, que facilitou o trabalho do recenseador na coleta de dados e a transmissão das informações para o computador. A recenseadora Thaís Fernandes garante que o uso da tecnologia não é difícil, porém é necessário ficar atento para não cometer erros. Outros recenseadores já tiveram mais dificuldade com a tecnologia.

Um grande desafio do recenseador é quando ele vai até a residência dos moradores. Cristina Nogueira disse: “Em bairros de classe média, somos mais bem recebidos do que no de classe alta”. Simpatia ou não, toda a população tem que responder as perguntas que o recenseador faz. Em caso de recusa do morador em receber o recenseador, o mesmo poderá chamar o seu Supervisor para uma segunda tentativa. Caso isso não ocorra, o recenseador poderá chamar a polícia militar.

Até novembro, recenseadores vão visitar as residências para coletar as informações básicas para fazer com que os municípios tenham uma renda melhor, para que assim, toda a população, possa ter mais qualidade de vida.

As Águas de Márcio

Quem vê o Dr. Márcio de Oliveira da Silva em seu consultório odontológico em Araçatuba, não sabe o que ele passou para chegar até ali. Era a manhã do dia 29 de janeiro de 1965 quando Maria Antônia de Oliveira deu a luz ao pequeno Márcio na maternidade da Santa Casa de Birigui. Alguns anos depois, os pais de Márcio dão mais quatro irmãos a ele. Depois de um tempo, Márcio, como irmão mais velho, fica encarregado de cuidar de seus irmãos enquanto os pais trabalhavam para garantir o sustento da casa. Diante dessa tarefa, Márcio sempre tentou fazer o melhor, já que seus irmãos passavam mais tempo com ele do que com os pais. Porém, quando havia brigas entre eles, dona Maria sempre culpava Márcio por algo. Isso, com os anos, acabou criando em Márcio um sentimento de querer ser livre e independente. Mesmo sendo sempre um menino exemplar, com boas notas na escola e uma boa conduta, seus pais sempre davam mais atenção aos outros irmãos.
  Com a vontade de querer ser independente e com o sonho de passar em uma universidade pública, Márcio começou a se planejar para que pudesse sair da sua casa sem que seus pais se prejudicassem com as despesas. Após muito pesquisar, Márcio escolheu prestar vestibular na Unesp, em Araçatuba, cidade vizinha à sua. Com o apoio de seus pais, Márcio passa no vestibular no curso de Odontologia, na Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA –Unesp). No primeiro ano de faculdade, Márcio passou muita dificuldade, pois teve que perder algumas aulas, já que viajava todos os dias para poder estudar. Após o primeiro semestre turbulento, Márcio se muda para casa de uns amigos e monta uma república. Alan, estudante de Medicina Veterinária na mesma universidade, era da cidade de São José do Rio Preto, enquanto Roberto era da mesma sala de Márcio e era de São Paulo. Os dois eram de famílias de classe média alta, o que facilitou a sua permanência na casa dos amigos, pois não exigiam tanto dinheiro de Márcio pela realidade que ele tinha. Como todo estudante, muita festa faz parte de sua rotina, porém não para Márcio, que nos finais de semana trabalhava como garçom em uma lanchonete de uns amigos do seus pais para que, assim, pudesse ter uma renda melhor, se sustentar e comprar os materiais necessários para o seu curso.
  Assim que acabou seu primeiro ano de faculdade, retornou à casa dos seus pais para descansar, já que as férias eram os únicos momentos para matar a saudade da sua família. Quando se iniciou o segundo ano da faculdade, Márcio conhece Sofia Pimentel, uma menina mais branca que a neve, com olhos castanhos claros e sorriso brilhante. Logo ao olhar para ela, Márcio sentiu que ela era a menina certa para ele e a adotou como sua bixete. Com a aproximação entre os dois, Márcio descobriu que Sofia não era qualquer menina. Seus pais eram grandes dentistas em Araçatuba e sua família era tradicional no ramo odontológico. Sofia logo cede aos encantos de Márcio, que por sua vez se mostra imensamente apaixonado por ela. O romance toma conta dos dois e eles prosseguem a vida universitária juntos. O término da faculdade foi um momento feliz para ele, porém um tanto quanto decepcionante também: devido à falta de dinheiro, Marcio não pôde participar de sua formatura junto aos amigos. “Foi uma grande frustração ver meus amigos se formando, sem eu estar participando daquele momento mágico e único.”
  Formado, Márcio continuou residindo em Araçatuba, trabalhando no comércio para juntar dinheiro e abrir seu tão sonhado consultório odontológico. Em 1989, quando Sofia conclui a sua graduação, corre para os braços de Márcio para, finalmente, abrirem seu consultório, com a ajuda de seus pais. 
  Dois anos depois, um momento marcante na vida deles: na capela da Paróquia São João, uma das mais tradicionais da cidade de Araçatuba, Márcio esperava por sua amada no altar, aflito. Vestindo um elegante fraque, ele e Sofia se casam. No mesmo ano, eles têm o seu primeiro filho, Marcelo Pimentel da Silva e após três anos, vem ao mundo para completar a felicidade da família, Fernanda Pimental da Silva. Márcio, hoje tem tudo na vida, estabilidade financeira, sucesso profissional e uma linda família. “Faço de tudo para dar aos meus filhos aquilo que sempre planejei”, finaliza Márcio.

Reportagem Literária.

Diabetes: o Mal do Século.

Com mais de 246 milhões de pessoas no mundo afetadas pela doença o diabetes desbanca a depressão e é considerado o mal do século. 


São 5:45. O celular desperta. É hora de tomar o comprimido que controla o diabetes. Logo depois, volta a dormir até 6:30, quando acorda para tomar 40 unidades de insulina Lantus e 4 unidades de insulina Regular, para que desta forma consiga tomar seu café da manhã sem alterações em sua glicemia (taxa de açúcar no sangue).
É assim que começa o dia de Fátima de Lima, 44, professora, que leciona das 7 da manhã até às 8 e meia da noite, com intervalos pequenos no dia, que servem para resolver seus pequenos problemas cotidianos e também são destinados para outras aplicações de insulina.
Esta é a realidade de centenas de milhares de pessoas que vivem a angústia da fuga dos doces e o controle momentâneo de sua glicemia, que se dá através do exame feito em casa mesmo, pelo Glicozínito, aparelho que mede em segundos, através de picadas no dedo, o nível do diabetes.
Fátima afirma que vive com as pontas dos dedos furadas, devido ao exame, que chega a realizar mais de 6 vezes ao dia. “Às vezes acho que estou presa, ou melhor, acorrentada a uma vida de remédios, limitações e autocontrole” afirma Fátima.


O diabetes em Frutal
Frutal possui hoje cerca de 1.100 diabéticos cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Coordenadora de Saúde da Cidade, Nice Helena Franco Botelho, o número é considerado normal, pois está dentro do padrão esperado. Entretanto, o que preocupa Nice é a existência de pessoas com a doença sem ter sido diagnosticada, já que os sintomas são pouco conhecidos, o que agrava a situação da doença.
Mas os frutalenses podem ficar tranqüilos, porque, de acordo com a Coordenadora, a cidade é suficientemente preparada para cuidar e auxiliar os diabéticos de tipo 1 e 2, com consultas gratuitas, remédios, seringas e insulinas. Realidade diferente de várias outras cidades, que não dão este auxílio aos doentes, e que neste caso são obrigados a entrar com ações na justiça, para que possam garantir seus medicamentos, que normalmente, costumam ter preços não muito acessíveis para a maioria da população.
Cléria Paulino, que é referencia técnica do Hiperdia no município, afirma que o governo disponibiliza 30 centavos por habitante  para o tratamento de diabetes, o que gera aproximadamente R$ 16.000 por ano à cidade. Quantia que não é suficiente nem para comprar as seringas utilizadas na aplicação da insulina. A Prefeitura então lança uma contrapartida, arcando desta forma com o resto do valor necessário para manter a qualidade no atendimento e na manutenção do bem estar dos diabéticos.


Complicações
Especialistas afirmam que é preciso ter muito cuidado com os desfechos aos quais o diabetes podem levar. Cegueira, amputações, doenças cardíacas, são as complicações mais freqüentes entre as pessoas que não conseguem controlar a doença.
O dia 14 de novembro é o Dia Mundial de Controle do Diabetes, data na qual associações de diabéticos e profissionais de saúde promovem diversas atividades para divulgar as causas, os sintomas, suas complicações e o tratamento. Enquanto a ciência luta para desvendar os mistérios dessa doença, os diabéticos vão tentando se adequar aos novos hábitos de vida.

“Há mais de 10 anos que sou diabética, mas afirmo que ainda não consegui me afastar dos doces. A resistência é muito mais psicológica do que física, e para mim a proibição passa a ser mais tentadora” lamenta a professora.


O inimigo invisível
Os sintomas da diabete são: perda de peso, muita fome, sede, cansaço, urina em excesso e feridas com dificuldades de cicatrização. Estes são a maioria dos sintomas que parecem claros, mais que incrivelmente são de difícil percepção. As pessoas em um passado recente suspeitavam de diversas doenças, às vezes passavam muito tempo procurando a causa desses distúrbios, até constatarem o diabetes. Atualmente esta “constatação” tornou – se mais rápida pelos médicos, mas as pessoas ainda levam tempo para procurar o especialista e acreditar que são diabéticos.


Luz no fim do Túnel
Grandes estudos são realizados buscando a cura do Diabetes. O transplante de pâncreas é o mais conhecido, e vem ganhando destaque pelos seus crescente resultados eficientes. O uso de células tronco também é uma opção, já que a células estão sendo utilizadas para refazer o sistema imunológico para que os pacientes voltem a produzir insulina. Esta técnica no Brasil ainda esta em desenvolvimento e passa por aperfeiçoamento.
Transplante de ilhota e pâncreas artificial são outras possibilidades de cura que também estão sendo testadas. Mas, por enquanto, o que existe são só muitos estudos e uma enorme vontade de se encontrar a cura. A expectativa dos pesquisadores e dos que sofrem com a angustia de “se livrarem ‘’ da doença é que a solução desse problema chegue em um futuro próximo. Em um futuro com certeza mais doce e feliz.




Total de visualizações